sábado, 16 de julho de 2016

LIÇÃO 03 - O NASCIMENTO HISTÓRICO DA IGREJA

Objetivo
Professor (a) ministre sua aula de forma que ao término, seu aluno possa compreender o nascimento histórico da Igreja e as primeiras pregações evangelísticas.

Para refletir
Os apóstolos realizavam muitos sinais e maravilhas entre o povo. Todos os que creram costumavam reunir-se no Pórtico de Salomão." (At 5.12 - NVI).

Texto Bíblico: At 2.1-11,37-41.

A inauguração da Igreja
A igreja nasceu na cruz do Calvário, após a ressurreição de Jesus, Ele ordenou aos discípulos que não se ausentassem de Jerusalém até que fossem revestidos com poder do Espírito Santo.
"Eu lhes envio a promessa de meu Pai; mas fiquem na cidade até serem revestidos do poder do alto". (Lc 24.49).
O cap. 2 do livro de Atos dos apóstolos nos mostra a inauguração da Igreja, no dia de Pentecostes, isto é, 50 dias após a ressurreição de Jesus.  Em Israel, a festa de Pentecostes é comemorada 50 dias após o dia das Primícias, já estudamos na época da lei. No dia de Pentecostes, profeticamente, eram oferecidos dois pães com fermento, movidos diante do Senhor, simbolizando a união de judeus e gentios em um só corpo (a igreja).
Sendo o próprio Jesus o fundador da Igreja, sua obra precisava ser completada com o cumprimento de sua promessa, a vinda do consolador, aquele que daria força. Até então a Igreja se encontrava escondida, tímida, amedrontada pelo evento da morte de Jesus. Com a vinda do Espírito Santo, o Consolador, ela se levanta forte e triunfante. Sai do esconderijo para anunciar em “todas as línguas” as maravilhas realizadas pelo Todo Poderoso através de seu Salvador.

As primeiras pregações evangelísticas
Em sua primeira pregação de Pedro, se converte cerca de três mil pessoas. Ele é o primeiro a anunciar. É a voz da Igreja. O Espírito que seria desde já o regente da Igreja, lança com estes acontecimentos, os pilares da ação de Deus para a salvação de seu povo. Isto é a Igreja que tem a promessa de Cristo: “As portas do inferno não prevalecerão sobre ela.”(Mt 16.18).
O Espírito que animou e lançou a Igreja no cumprimento de seu papel missionário no mundo, continua a agir hoje. Sua obra não acabou. Ele continua a inspirar, a consolar, a impelir, a renovar as forças, e a defender. Ele é Deus conosco. 
Pentecostes acontece novamente, não foi um fato isolado na história, mas a continuidade da ação salvífica de Deus. Você pode ser parte disso se seu coração desejar e com sua boca clamar a Deus, hoje para ser batizado com o Espírito Santo.

As primeiras perseguição a Igreja
Os primeiros cristãos formavam uma comunidade estreitamente unida em Jerusalém após o dia de Pentecoste. Esperavam que Cristo voltasse muito em breve, repartiam todos os seus bens materiais (At 2.44-45). Muitos vendiam suas propriedades e davam à igreja o produto da venda, a qual distribuía esses recursos entre o grupo ( At  4.34-35).
Os cristãos de Jerusalém ainda iam ao templo para orar (At 2.46), mas começaram a partilhar  a Ceia do Senhor em seus próprios lares (At 2.42-46). Esta refeição simbólica trazia-lhes à mente sua nova aliança com Deus, a qual Jesus havia feito sacrificando seu próprio corpo e sangue. Deus operava milagres de cura por intermédio desses primeiros cristãos. Pessoas enfermas reuniam-se no templo de sorte que os apóstolo pudessem tocá-las em seu caminho para a oração (At 5.12-16). Esses milagres convenceram muitos de que os cristãos estavam verdadeiramente servindo a Deus. As autoridades do templo, num esforço por suprimir o interesse das pessoas na nova religião, prenderam os apóstolos. Mas Deus enviou um anjo para libertá-los (At 5.17-20),  o que provocou mais excitação.
A igreja crescia com tanta rapidez que os apóstolos tiveram de nomear sete homens para distribuir víveres às viúvas necessitadas. O dirigente desses homens era Estevão, "homem cheio de fé e do  Espírito Santo" (At 6.5). Aqui vemos o começo do governo eclesiástico. Os apóstolos tiveram de delegar alguns de seus deveres a outros dirigentes. À medida que o tempo passava, os ofícios da igreja foram dispostos numa estrutura um tanto complexa.
Certo dia um grupo de judeus apoderou-se de Estevão e, acusando-o de blasfêmia, o levou à presença do conselho do sumo sacerdote. Estevão fez uma eloqüente defesa da fé cristã, explicando como Jesus cumpriu as antigas profecias referentes ao Messias que libertaria seu povo da escravidão do pecado. Ele denunciou os judeus como "traidores e assassinos" do filho de Deus (At 7.52). Erguendo os olhos para o céu, ele exclamou que via a Jesus em pé à destra de Deus ( At 7.55). Isso enfureceu os judeus, que o levaram para fora da cidade e o apedrejaram (At 7.58-60).
Esse fato deu início a uma onde de perseguição que levou muitos cristãos a abandonarem Jerusalém (At 8.1). Alguns desses cristãos estabeleceram-se entre os gentios de Samaria, onde fizeram muitos convertidos (At 8.5-8). Estabeleceram congregações em diversas cidades gentias, como Antioquia da Síria. A princípio os cristãos hesitavam em receber os gentios na igreja, porque eles viam a igreja como um cumprimento da profecia judaica. Não obstante, Cristo havia instruído seus seguidores a fazer "discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo" (Mt 28.19). Assim, a conversão dos gentios foi "tão-somente o cumprimento da comissão do Senhor, e o resultado natural de tudo o que havia acontecido..." Por conseguinte, o assassínio de Estevão deu início a uma era de rápida expansão da igreja.
Cristo havia estabelecido sua igreja na encruzilhada do mundo antigo. As rotas comerciais traziam mercadores e embaixadores através da Palestina, onde eles entravam em contato com o evangelho. Dessa maneira, no livro de Atos vemos a conversão de oficiais de Roma (At 10.1-48), da Etiópia ( At 8.26-40), e de outras terras. Logo depois da morte de Estevão, a igreja deu início a uma atividade sistemática para levar o evangelho a outras nações. Pedro visitou as principais cidades da Palestina, pregando tanto a judeus como aos gentios. Outros foram para a Fenícia, Chipre e Antioquia da Síria. Ouvindo que o evangelho era bem recebido nessas regiões, a igreja de Jerusalém enviou a Barnabé para incentivar os novos cristãos em Antioquia (At 11.22-23). Barnabé, a seguir, foi para Tarso em busca do jovem convertido Saulo (Paulo) e o levou para a Antioquia, onde ensinaram na igreja durante um ano (At 11.26).

Conclusão
Os membros da igreja participam de uma tarefa comum e de um destino comum sob a orientação do Espírito. A igreja é uma entidade viva e ativa. Ela participa dos negócios deste mundo; demonstra o modo de vida que Deus tenciona para todas as pessoas, e proclamam a Palavra de Deus para a era presente. A unidade e a pureza espirituais da igreja estão em nítido contraste com a inimizade e a corrupção do mundo. É responsabilidade da igreja em todas as congregações particulares mediante as quais ela se torna visível, praticar a unidade, o amor e  cuidado de um modo que mostre que Cristo vive verdadeiramente naqueles que são membros do seu corpo, de sorte que a vida deles é a vida de Cristo neles.

Fontes Consultadas:
  • Bíblia Shedd – Editora Mundo Cristão – 2ª Edição
  • CAIRNS, Earle E. O Critianismo através dos séculos. São Paulo: 2ª Edição. Editora Vida Nova, 2008.
  • HURLBUT, Jesse Lyman. História da Igreja Cristã. São Paulo: Editora Vida , 2007. Edição revista e atulaizada.

Colaboração para Portal Escola Dominical – Profª. Jaciara da Silva
Fonte: PortalEBD

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