sexta-feira, 27 de maio de 2016

LIÇÃO 09 - UM LUGAR DE ABRIGO

Objetivo
Professor (a) ministre sua aula de forma que ao término, seu aluno compreender que na Igreja aprendemos a exercitar a solidariedade, o amor fraternal - sinal do verdadeiro cristianismo.

Memorizando
Porque ele me ama, eu o resgatarei; eu o protegerei, pois conhece o meu nome.” (Sl 91.14 – ARC).

Texto bíblico em estudo: Is 25.4; Mt 11.28,29.

 Introdução
Você já percebeu que entre todos os seres vivos, entre todas as espécies, predominam três formas de relação – a de concorrência, a de antagonismo e a de complementaridade? E que esta última, mais conhecida como “solidariedade”, tem sido à base de todas as utopias humanas?
E que por mais que lute ou estude racionalmente o assunto a humanidade permanece carente da solidariedade. E que tal carência nos impele à destruição tanto da vida humana quanto de outras formas de vida?
“Façam aos outros a mesma coisa que querem que eles façam a vocês.” (Lc 6.31 NTLH)
 “Como desenvolver a solidariedade?”. Certamente, cada um de nós, de acordo com sua experiência e sabedoria, terá algo a dizer a respeito. Por isso, fazer esta pergunta aos nossos colegas e amigos pode ser um bom meio de começar a encontrar a melhor resposta.
O maior ato de solidariedade
Deus se compadeceu de nossa condição, e vendo-nos perdidos amou-nos, e provendo-nos um meio pelo qual pudéssemos tornar à Ele.
A salvação é a principal doutrina das Escrituras Sagradas, e a única e exclusiva razão, pela qual
Deus enviou seu Filho a este mundo.
João. 3.16 “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito, para que todo aquele que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna”
Visto que a humanidade havia se perdido ao pecado, distanciando-se de Deus, pela queda do primeiro Adão, foi necessário Deus, providenciar um meio para que a humanidade não ficasse para sempre perdida, por esta razão como já mencionei acima, veio Jesus Cristo o Filho único do Pai, e por Ele enviado, para salvar-nos da condenação eterna.
Jesus vive e age ao nosso favor. Ele é nosso Advogado (1 Jo 2.1) e intercede por nós (Rm 8.34).
Jesus morreu para nos salvar, e vive para nos salvar!
Isso é o maior exemplo de solidariedade que temos na historia humana.

Igrejas solidárias
“E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.
Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam suas propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade. E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar”. ( At 2.4247 – ARC)
Atender ao pobre em suas necessidades é um preceito bíblico (Lv 23.22; Dt 15.11; Sl 41.1; 82.3; At 11.28-30; Gl 2.10). A missão assistencial da Igreja no mundo é a continuação da Obra iniciada por Jesus. Assim como o Senhor jamais se esqueceu dos pobres, a Igreja não deve desprezá-los (Lc 4.18,19).
O imperativo da Grande Comissão inclui, na essência da mensagem do evangelho, o atendimento às pessoas necessitadas. Ver Mt 25.35-40; Jo 13.14,15. Vejamos a responsabilidade social da Igreja.

Fundamentos da Responsabilidade Social da Igreja
  1. No Antigo Testamento (Dt 15.10,11). Esta é uma das muitas referências do Antigo Testamento sobre o nosso dever de ajudar, assistir e socorrer os necessitados. Devemos atender ao pedinte (Dt 15.7-10) e ao carente de víveres para a sua subsistência (Sl 132.15). Ver Lv 19.10; 23.22; Ex 23.11. A justiça social ordenada por Deus determinava que os ricos não desprezassem os pobres (Dt 15.711), e que o estrangeiro, a viúva e o órfão fossem atendidos em suas necessidades (Ex 22.22; Dt 10.18; 14.29).
  1. No Novo Testamento (Mt 26.11; Gl 2.10). Aqui estão incluídos os pobres, enfermos, deficientes físicos, crianças, idosos, desamparados, desabrigados, encarcerados, bem como os incapazes de retribuir quaisquer fazeres recebidos (Lc 14.13,14). Quando Cristo veio ao mundo, a Palestina passava por graves problemas sócio-econômicos, de sorte que muitos o buscavam apenas para saciar a fome (Jo 6.26). É justamente nesse contexto que devemos estudar a ação social da igreja primitiva. Ler At 2.4346; 6:1; Rm 15.2527; 1 Co 16.14; 2 Co 8; 9; Gl 2.9; Fp 4.18,19; etc.

A Responsabilidade Social da Igreja Primitiva.
Após o derramamento do Espírito Santo no Dia de Pentecostes em Jerusalém, e a conversão de quase três mil almas a Cristo, houve um grande despertamento espiritual entre os primeiros crentes. A despeito de os apóstolos jamais deixarem arrefecer a principal missão da Igreja na
Terra, que compreende: a pregação do evangelho, a doutrina, a comunhão, a fraternidade e a oração (At 2.42; 4.31; 5.42), o Espírito Santo também inspirou e guiou aqueles servos de Deus rumo ao cumprimento da missão social da Igreja. Vejamos:
  1. Doutrina. “E perseveravam na doutrina dos apóstolos”. A doutrina cristã, ensinada por Jesus durante Seu ministério terreno, continuou no coração e na mente dos apóstolos. Agora, o Espírito Santo vivificava e consolidava em suas mentes tudo quanto o Senhor ensinara, como Jesus havia predito (Jo 14.26; 15.26; 16.13,14). A primeira coisa que cuidaram na igreja nascente foi a doutrina, que é essencial à fé cristã.
  1. Comunhão. “E perseveravam na comunhão”. Comunhão quer dizer “aquilo que é comum a todos”; “fraternidade”; “compartilhar de um interesse comum”. Portanto, é relacionamento íntimo e fraternal entre os irmãos. Na igreja primitiva, era uma prática que fortalecia o relacionamento social e despertava a sensibilidade dos crentes pelas necessidades uns dos outros (At 2.44-46; 4.32-36).
  1. Solidariedade. “E perseveravam no partir do pão”. Em Atos 2.42, pode referir-se tanto às refeições comuns quanto à Ceia do Senhor. Era costume, entre os judeus, representar a comunhão entre as pessoas, segurando com as mãos o pão e partindo-o em pedaços, ao invés de cortá-lo (Lc 22.19; 1 Co 11.24). Era um ato de fraternidade e solidariedade entre os irmãos. Essa prática sugere a necessidade de a Igreja partilhar, por meio do serviço social, o pão material com os necessitados.
  1. Oração. “E perseveravam nas orações”. O sentido plural da palavra oração indica a diversidade dos propósitos pelos quais oramos, bem como as diferentes formas de oração. A oração foi a força motriz do grande avivamento no Dia de Pentecostes (At 1.14; 2.1; 3.1). Havia uma assídua participação nas reuniões de oração da igreja primitiva, porque os crentes estavam sempre unidos em um mesmo Espírito, fé e amor.

Um Profundo Senso de Responsabilidade Social (vv. 44,45)
Ao invés de a igreja primitiva discutir se era ou não de sua responsabilidade suprir as necessidades dos cristãos pobres, realizava esse serviço movida de amor e compaixão de Deus. O bem-estar social de cada irmão em Cristo tinha sua base nos valores espirituais e morais da igreja nascente.
  1. A igreja era caridosa (At 2:45). Os versículos 43 e 44 indicam três qualidades da igreja cristã: temor, fervor pentecostal e unidade. No original, os verbos dos vv. 43,44 descrevem uma ação repetida e contínua – os discípulos continuavam sendo cheios de temor e vendendo seus bens à medida que as necessidades individuais surgiam: “repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade” (v. 45). O temor dos crentes não era medo, mas um profundo reconhecimento de que tudo o que estava acontecendo com eles procedia de Deus. A igreja era pentecostal, no sentido bíblico da palavra, e unida: “tinham tudo em comum”. A consciência dos crentes foi despertada para sair da neutralidade e da omissão social
  1. Consciência das necessidades materiais dos cristãos (At 11.27-30).
A Bíblia registra a profecia concernente à grande fome e empobrecimento que atingiu o mundo de então. Esse fato ocorreu no governo de Cláudio César, imperador de Roma, entre 4554 d.C. Josefo, historiador judeu, registra uma grande fome na Judéia em 46 d.C. Foi nesse período de extrema necessidade que os cristãos de Antioquia enviaram suprimentos à igreja de Jerusalém.
A igreja missionária em Antioquia se preocupava com o estado dos demais cristãos no mundo, especialmente com a Igreja-mãe em Jerusalém. Os cristãos foram estimulados a contribuírem conforme suas posses, enviando as ofertas por meio de Barnabé e Paulo, e assim socorreram os irmãos da Judéia.

  1. A igreja primitiva cumpria sua missão social (2 Co 8:3,4; 9:13). A Igreja não apenas pregava o evangelho, mas também atendia àqueles que necessitavam de socorro físico e material (Gl 2.9,10). Os seguintes princípios devem nortear o serviço social da Igreja:
a) Mutualidade – isto é, ser generoso, recíproco, solidário.
b) Responsabilidade – trata-se de privilégio e não obrigação (2 Co 8.4; 9.7).
c) Proporcionalidade – contribuição de acordo com as possibilidades individuais (2 Co 9.6,7).
Esse mesmo sentimento deve mover todos os crentes em Cristo Jesus. A Igreja é corpo físico do Senhor Jesus na terra. Devemos fazer as obras que Ele realizou quando andava aqui na terra fisicamente.
Esse mesmo sentimento deve mover todos os crentes em Cristo Jesus. A Igreja é corpo físico do Senhor Jesus na terra. Devemos fazer as obras que Ele realizou quando andava aqui na terra fisicamente.
A base da solidariedade é o amor. Deus é amor – o apostolo João, denominado o apostolo do amor escreveu:
“Amados, se Deus assim nos amou, também nós devemos amar uns aos outros.” (1 Jo 4.11).
E o apostolo Tiago completa:
“Por exemplo, pode haver irmãos ou irmãs que precisam de roupa e que não têm nada para comer. Se vocês não lhes dão o que eles precisam para viver, não adianta nada dizer: “Que Deus os abençoe! Vistam agasalhos e comam bem.” Portanto, a fé é assim: se não vier acompanhada de ações, é coisa morta.” (Tg 2.15-17 – NTLH).
Tenhamos fé viva demonstrada através de nossas ações – atitudes solidárias com todos os que precisam de algo ou mesmo de um apoio emocional.

Dons espirituais e ministeriais
Os dons espirituais concedidos pelo Espírito Santo à Igreja, são o meio pelo qual os crentes são capacitados a realizar a Obra de Deus até os confins da terra, 1Co 12.1 a 11.
Além de capacitar o cristão para a realização da obra do Senhor, os dons do Espírito Santo são também, como que ornamentos que dão beleza e vida abundante à Igreja em toda sua trajetória aqui na terra. Os dons espirituais só podem ser considerados como tal, quando a vida da Igreja é edificada pelos mesmos.

  1. Recebemos os dons para servir
Tanto em Romanos quanto em I Coríntios Paulo fala sobre o corpo de Cristo, a Igreja; e em seguida fala sobre os dons. Ele começa falando que somos o corpo de Cristo, que somos membros uns dos outros, que cada membro tem a sua função e em seguida fala dos dons.
O Espírito Santo opera em cada um de nós e capacita a cada um de nós para vivermos no corpo de Cristo de forma que edifiquemos os que estão a nossa volta. Quer seja com profecias, palavras, curas, ensino, exercendo misericórdia, servindo, repartindo, em tudo.
Se quisermos ser cheios dos dons do Espírito temos que nos envolver com a vida do corpo (igreja), temos que nos relacionar uns com os outros. Deus não vai nos encher de dons se estivermos isolados, vivendo individualmente e sem relacionamento com os irmãos.
Nós recebemos os dons para servir e nossos relacionamentos e reuniões devem dar lugar ao Espírito Santo para que possamos cumprir este objetivo. I Pe 4.10,11
“Servindo uns aos outros conforme o dom que cada um recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus. Se alguém fala, fale como entregando oráculos de Deus; se alguém ministra, ministre segundo a força que Deus concede; para que em tudo Deus seja glorificado por meio de Jesus Cristo, a quem pertencem a glória e o domínio para todo o sempre. Amém.”
O dom de misericórdia e socorro concede-nos:
  • Sentir-se tocado pela miséria de outro, e auxiliá-lo.
  • Relacionar-se com os outros com simpatia , respeito e honestidade, compreendendo suas limitações e fraquezas.
  • Para ser eficaz esse dom deve ser exercido por nós com bondade e alegria, e nunca como uma obrigação.

Conclusão
A missão da Igreja inclui não apenas a proclamação do evangelho, mas também a assistência aos pobres, a cura dos enfermos e a libertação dos oprimidos pelo diabo (Mc 16.1518).
“A igreja cristã e a pessoa cristã se mantêm sadias somente quando uma das mãos é estendida para receber de Deus, enquanto a outra é para partilhar com outro homem” (Leighton Ford).
Deus vos abençoe

Colaboração para Portal Escola Dominical – Profª. Jaciara da Silva.
Fonte: PortalEBD

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