sábado, 9 de maio de 2015

LIÇÃO 06 – OUVÍ O TEU CHAMADO

Ao mestre
Prezado (a) todos nós pensamos que conhecemos muito bem a história do chamado de Samuel. Já a ouvimos, ou contamos, muitas vezes. Tudo o que preciso fazer é gritar um número, e esta lição estará pronta. Talvez não devamos ser tão apressados, pois podemos apenas pensar que a conhecemos muito bem. Nossa lição focaliza algumas dimensões um tanto incomuns deste acontecimento, as quais podem ser a chave para o entendimento do significado e da mensagem do texto.



Objetivo
Professor (a) ministre sua aula de forma que possa conduzir seus alunos a conscientizar-seDeus ao nos criar, fez de forma única. Para cada um Ele tem um chamado diferente.


Para refletir
“O Senhor voltou a chamá-lo como nas outras vezes: "Samuel, Samuel! “Então Samuel disse: "Fala, pois o teu servo está ouvindo".(1 Sm 3.10 - NVI).


Texto Bíblico: 1 Sm 3.1-19.


Introdução
Vemos em1 Samuel 3 o relato da ascensão de Samuel à posição de profeta, um fato reconhecido e aceito por todos os israelitas. No capítulo 4, chegamos à narrativa da derrota de Israel e da morte de Eli, seus dois filhos e sua nora. Nos capítulos 2 e 3, Deus anuncia por meio de profecia o juízo sobre Eli e sua casa. Este juízo ocorre no capítulo 4. No capítulo 3, vemos as mãos de Deus em ação, preparando Samuel para um importante papel na liderança de Israel, e no capítulo 4, vemos o afastamento de Eli e seus filhos, a fim de que Samuel assuma a liderança para a qual Deus o preparou.
O Chamado de Samuel
“O jovem Samuel servia ao SENHOR, perante Eli. Naqueles dias, a palavra do SENHOR era mui rara; as visões não eram freqüentes. Certo dia, estando deitado no lugar costumado o sacerdote Eli, cujos olhos já começavam a escurecer-se, a ponto de não poder ver, e tendo-se deitado também Samuel, no templo do SENHOR, em que estava a arca, antes que a lâmpada de Deus se apagasse, o SENHOR chamou o menino: Samuel, Samuel! Este respondeu: Eis-me aqui! Correu a Eli e disse: Eis-me aqui, pois tu me chamaste. Mas ele disse: Não te chamei; torna a deitar-te. Ele se foi e se deitou. Tornou o SENHOR a chamar: Samuel! Este se levantou, foi a Eli e disse: Eis-me aqui, pois tu me chamaste. Mas ele disse: Não te chamei, meu filho, torna a deitar-te. Porém Samuel ainda não conhecia o SENHOR, e ainda não lhe tinha sido manifestada a palavra do SENHOR. O SENHOR, pois, tornou a chamar a Samuel, terceira vez, e ele se levantou, e foi a Eli, e disse: Eis-me aqui, pois tu me chamaste. Então, entendeu Eli que era o SENHOR quem chamava o jovem. Por isso, Eli disse a Samuel: Vai deitar-te; se alguém te chamar, dirás: Fala, SENHOR, porque o teu servo ouve. E foi Samuel para o seu lugar e se deitou. Então, veio o SENHOR, e ali esteve, e chamou como das outras vezes: Samuel, Samuel! Este respondeu: Fala, porque o teu servo ouve. Disse o SENHOR a Samuel: Eis que vou fazer uma coisa em Israel, a qual todo o que a ouvir lhe tinirão ambos os ouvidos. Naquele dia, suscitarei contra Eli tudo quanto tenho falado com respeito à sua casa; começarei e o cumprirei. Porque já lhe disse que julgarei a sua casa para sempre, pela iniqüidade que ele bem conhecia, porque seus filhos se fizeram execráveis, e ele os não repreendeu. Portanto, jurei à casa de Eli que nunca lhe será expiada a iniqüidade, nem com sacrifício, nem com oferta de manjares.”(1 Sm 3.1-14)


O verso um se refere a Samuel como “jovem”, um termo de uso bastante flexível, podendo se referir a um recém nascido ou a um garoto. Aqui em nosso texto, entendo que se refira a Samuel como um garoto de uns 12 anos de idade. Parece que muitos anos se passaram desde o final do capítulo 2 e que o capítulo 3 encontra Samuel em sua adolescência.

O escritor nos informa que “Naqueles dias, a palavra do SENHOR era mui rara; as visões não eram freqüentes” (v. 1). Naquela época, os homens não escutavam a Deus e Deus não falava com muita freqüência. Este “silêncio” quase sempre era uma forma de juízo divino e, se não fosse quebrado, significava a ruína de Israel (ver I Sam. 28; Sl. 74.9; Is. 29.9-14; Mq. 3.6-7; também Pv. 29.18). Está escrito que a profecia era rara para que vejamos o chamado de Samuel como o fim do silêncio de Deus (ver 1 Sm. 3.19-21).

Os detalhes fornecidos nos versos 2, 3 e 7 nos ajudam a entender o contexto dos acontecimentos do capítulo 3. Samuel está deitado no lugar de costume no tabernáculo, não muito longe da Arca da Aliança, que fica dentro do Santo dos Santos. Eli dorme em outro lugar, não muito distante, para que Samuel possa ouvi-lo quando ele chamar. Como o autor nos informa, os olhos de Eli estão bem ruins, de modo que sua visão já está bastante afetada (ver também 4.15). Devido à sua idade, peso e dificuldades visuais, Eli precisa do auxílio de um jovem como Samuel. Samuel pode levar-lhe água ou prestar-lhe outros serviços. Nada mais natural para Samuel do que presumir que um chamado tarde da noite venha de seu mestre, Eli.

Pela afirmação do autor no verso 3, sabemos que o chamado de Samuel acontece de madrugada, pois ele nos diz que “antes que a lâmpada de Deus se apagasse.” A lâmpada é o candelabro de ouro, com suas sete lâmpadas que devem “ficar continuamente acesas” (Ex. 27.20-21). Não quer dizer que elas fiquem acesas 24 horas por dia, mas que de noite estão sempre acesas. As palavras de 2 Crônicas 13.11 deixam isto bem claro:

“Cada dia, de manhã e à tarde, oferecem holocaustos e queimam incenso aromático, dispondo os pães da proposição sobre a mesa puríssima e o candeeiro de ouro e as suas lâmpadas para se acenderem cada tarde, porque nós guardamos o preceito do SENHOR, nosso Deus; porém vós o deixastes.”

De dia não é necessário que a lâmpada fique acesa; no entanto, o óleo é preparado durante o dia para que as lâmpadas sejam acesas antes de escurecer. Elas ficarão acesas à noite toda e serão apagadas ao amanhecer. Uma vez que a lâmpada de Deus não foi apagada, sabemos que Deus chama Samuel quando ainda está escuro, de madrugada.

Como os filhos de Eli, Samuel não conhece o Senhor (compare 1 Sam. 2.12 com 3.7). A diferença entre eles é que Samuel ainda não conhece o Senhor. É óbvio que os filhos de Eli não conheciam a Deus, e nunca O conheceriam. É importante notar, no entanto, que Samuel ainda não é salvo na época de seu chamado. Ele, como Saulo (Paulo) no Novo Testamento (ver Atos 9), é salvo e chamado durante seu encontro com Deus.

Nas duas primeiras vezes em que é chamado por Deus, o jovem Samuel presume que esteja ouvindo a voz de Eli, seu mestre. Faz sentido, principalmente se Eli de vez em quando pedir a ajuda de Samuel durante a noite. Somente no terceiro chamado Eli, finalmente, compreende a situação e percebe que Deus está chamando Samuel para lhe revelar Sua Palavra. Quando Deus o chama novamente, Samuel responde de acordo com as instruções de Eli. Uma parte dessa primeira revelação (se não toda ela) está registrada nos versos 11-14.

Deus anuncia a Samuel que o que Ele está prestes a fazer fará tinir os ouvidos daqueles que ouvirem as novas, ambos os ouvidos! Isto não é nenhum exagero. Quando Eli ouve, ele desmaia, resultando na sua morte (ver 4.18). A mensagem dirigida a Eli parece ser pessoal. É mais ou menos como a profecia revelada por Deus em 2.27-36, exceto que este profeta é identificado. Na verdade, o profeta será o substituto de Eli na função de profeta, sacerdote e juiz. A profecia do capítulo 2 é mais distante, devendo ter sido entregue muitos anos antes da derrota de Israel descrita no capítulo 4. A profecia dada por Samuel parece falar da derrota de Israel e da morte dos filhos de Eli como um acontecimento iminente.

A mensagem entregue a Samuel se concentra mais no pecado de Eli do que nos pecados de seus filhos. Mais especificamente, Deus revela que está julgando Eli e sua casa porque Eli conhece os pecados de seus filhos e nada faz para impedi-los. Em termos contemporâneos, Eli é um “facilitador”. Ele facilita o comportamento pecaminoso de seus filhos em vez de resistir e se opor a ele.

Parece claro que Eli realmente admoesta seus filhos, conforme lemos em 2.22-25. Embora a palavra “repreensão” esteja ausente, este é o sentido de suas palavras. Não creio que Deus julgue Eli por deixar de repreender seus filhos, mas por deixar de ir além de uma simples repreensão verbal quando se recusam a escutá-lo.

Eli poderia fazer algumas restrições como, por exemplo, tirá-los do sacerdócio. Ele pode criar-lhes dificuldades para pecar. Em vez disso, Eli facilita seus pecados, e é por isto que Deus o trata, e a toda a sua casa, com tanta severidade.

O verso 14 demonstra que o pecado da casa de Eli está agora além do arrependimento; o juízo de Deus é iminente. Não há nenhum sacrifício ou expiação que endireite a situação, só o juízo. Em termos simples, Eli e seus filhos fizeram “um caminho sem volta”. Eles se recusam a se arrepender e o juízo está próximo. E isto porque os pecados de Eli e seus filhos são cometidos com “arrogância”; pecados da soberba.


Deus fala a Samuel
“Ficou Samuel deitado até pela manhã e, então, abriu as portas da Casa do SENHOR; porém temia relatar a visão a Eli. Chamou Eli a Samuel e disse: Samuel, meu filho! Ele respondeu: Eis-me aqui! Então, ele disse: Que é que o SENHOR te falou? Peço-te que mo não encubras; assim Deus te faça o que bem lhe aprouver se me encobrires alguma coisa de tudo o que te falou. Então, Samuel lhe referiu tudo e nada lhe encobriu. E disse Eli: É o SENHOR; faça o que bem lhe aprouver.”(1 Sm 3.15-18)

Quando amanhece, Samuel parece evitar Eli. Ele cuida das coisas rotineiras como sempre faz, como se nada tivesse acontecido. Eli sabe que tem alguma coisa errada. Sabe que Deus chamou Samuel três vezes durante a noite. Sabe que Deus deve ter-lhe revelado alguma coisa. Ele não sabe o que é, embora certamente tenha seus temores. A última mensagem recebida de um profeta fora um prenúncio. Portanto, ele pressiona Samuel para que lhe diga tudo o que Deus lhe disse. Eli não deixa que Samuel se retraia. Por isso, relutantemente, Samuel lhe conta tudo.

O que é mais perturbador é a reação de Eli à profecia. Ele é informado de que o juízo está próximo, e o tempo pelo menos, não pode ser parado. O juízo de Deus não pode ser evitado, mas Eli pode, pelo menos, se arrepender de seus pecados de negligência. Em vez disto, ele diz palavras que têm um tom religioso e parecem ser uma evidência de sua submissão à soberana vontade de Deus, mas que, na verdade, são expressão de seu desejo de continuar em pecado. O que lemos não é uma expressão de fé na soberania de Deus, mas uma expressão de fatalismo dito em termos religiosos.


“Crescia Samuel, e o SENHOR era com ele, e nenhuma de todas as suas palavras deixou cair em terra. Todo o Israel, desde Dã até Berseba, conheceu que Samuel estava confirmado como profeta do SENHOR. Continuou o SENHOR a aparecer em Siló, enquanto por sua palavra o SENHOR se manifestava ali a Samuel.”(1 Sm 3.19-21)

Creio que o primeiro encontro de Samuel com Deus seja sua experiência de conversão, e também seu chamado como profeta. Conforme mencionado anteriormente, esta experiência é bem parecida com a de Paulo no caminho de Damasco (ver Atos 9). Assim sendo, o autor nos informa que este encontro, e o conseqüente recebimento da palavra de Deus, é o primeiro de muitos. O verso 21 fala especificamente da segunda aparição de Deus a Samuel em Siló, e a conclusão é que haverá outras. É aqui, na primeira aparição de Deus a Samuel, que ele se torna não apenas crente (nas palavras do Autor, ele veio a conhecer o Senhor), mas também profeta. Logo ele também se tornará sacerdote e juiz.

A maneira de um verdadeiro profeta ser reconhecido está descrita em Dt. 13.1-5 e 18.14-22. Um verdadeiro profeta fala de forma que exorte os homens a seguirem a Deus, a obedecê-lO. Além disso, um verdadeiro profeta é alguém cujas palavras acontecem. Nosso autor diz, literalmente, que Deus não deixou que nenhuma das palavras de Samuel “caísse em terra” (v.19). Tudo o que Samuel diz realmente acontece. E todos os israelitas percebem que a mão de Deus está sobre ele e que ele fala a palavra do Senhor. Desde Dã, no extremo norte do país, até Berseba, no extremo sul, todo o Israel reconhece Samuel como profeta de Deus. O silêncio foi quebrado.


A Derrota de Israel e a Morte dos Filhos de Eli
“Veio a palavra de Samuel a todo o Israel. Israel saiu à peleja contra os filisteus e se acampou junto a Ebenézer; e os filisteus se acamparam junto a Afeca. Dispuseram-se os filisteus em ordem de batalha, para sair de encontro a Israel; e, travada a peleja, Israel foi derrotado pelos filisteus; e estes mataram, no campo aberto, cerca de quatro mil homens. Voltando o povo ao arraial, disseram os anciãos de Israel: Por que nos feriu o SENHOR, hoje, diante dos filisteus? Tragamos de Siló a arca da Aliança do SENHOR, para que venha no meio de nós e nos livre das mãos de nossos inimigos. Mandou, pois, o povo trazer de Siló a arca do SENHOR dos Exércitos, entronizado entre os querubins; os dois filhos de Eli, Hofni e Finéias, estavam ali com a arca da Aliança de Deus. Sucedeu que, vindo a arca da Aliança do SENHOR ao arraial, rompeu todo o Israel em grandes brados, e ressoou a terra. Ouvindo os filisteus a voz do júbilo, disseram: Que voz de grande júbilo é esta no arraial dos hebreus? Então, souberam que a arca do SENHOR era vinda ao arraial. E se atemorizaram os filisteus e disseram: Os deuses vieram ao arraial. E diziam mais: Ai de nós! Que tal jamais sucedeu antes. Ai de nós! Quem nos livrará das mãos destes grandiosos deuses? São os deuses que feriram aos egípcios com toda sorte de pragas no deserto. Sede fortes, ó filisteus! Portai-vos varonilmente, para que não venhais a ser escravos dos hebreus, como eles serviram a vós outros! Portai-vos varonilmente e pelejai! Então, pelejaram os filisteus; Israel foi derrotado, e cada um fugiu para a sua tenda; foi grande a derrota, pois foram mortos de Israel trinta mil homens de pé. Foi tomada a arca de Deus, e mortos os dois filhos de Eli, Hofni e Finéias.”(1 Sm 4.1-11)

Os israelitas são dominados pelos filisteus há tanto tempo que os filisteus os consideram como seus escravos (4.9). Por alguma razão, irrompe uma batalha entre eles, e os israelitas são duramente abatidos. Quando a poeira se assenta, sabe-se que 4.000 israelitas tinham morrido (v. 2). Quando os israelitas retornam ao arraial, não conseguem entender como Deus permitiu que sofressem tal derrota.

A princípio, parece que não, mas em retrospectiva é um desastre gigantesco do ponto de vista daqueles que achavam que a Arca lhes asseguraria a vitória. Quando a Arca é trazida da tenda para diante dos soldados, uma grande algazarra ecoa do arraial israelita. É como uma imensa competição entre torcidas antes de um jogo de futebol americano. Os guerreiros israelitas estão realmente empolgados. Eles não podem perder. Deus estará com eles.

Os soldados filisteus ouvem o barulho que vem do arraial israelita e se perguntam o que teria causado tal grito de triunfo. Aí, então, ficam sabendo que a Arca foi trazida ao arraial. Eles, como os israelitas, acham que a Arca seja capaz de alguma magia. Os filisteus relembram a derrota dos egípcios, quando Deus liderou os israelitas contra eles. Eles se recordam das vitórias dadas por Deus aos israelitas onde, sempre que lutavam contra seus inimigos, levavam a Arca junto com eles. Agora eles temem que a presença da Arca à frente do exército israelita dê a vitória a Israel. Os filisteus concluem que podem até morrer, mas pelo menos morrerão como homens. E assim, em vez de se darem por vencidos, eles têm motivos para lutar até a morte, e para morrer como heróis. O resultado é que os filisteus ficam muitos mais motivados a lutar do que os israelitas e, uma vez mais, eles os derrotam - só que, desta vez, 30.000 israelitas são mortos. Entre os mortos estão Hofni e Finéias, os dois filhos de Eli, que são assassinados enquanto a Arca de Deus é capturada como troféu de guerra.

Os israelitas tolamente supõem que levar a Arca de Deus para a batalha seja sua garantia de sucesso. Nos desígnios de Deus, levar a Arca com eles é um meio ordenado por Ele para cumprimento das palavras ditas pelo profeta sem nome. Hofni e Finéias acompanham a Arca na guerra e, quando os israelitas são derrotados e a Arca é tomada, os dois filhos de Eli morrem no mesmo dia (ver 2.34).


A Morte de Eli
Em parte, a Palavra do Senhor é cumprida; no entanto, há mais juízo divino chegando neste dia de infâmia. Eli está sentado próximo à estrada com o coração trêmulo enquanto espera ansiosamente notícias da batalha. Ele deve sentir que este é o dia do juízo. A Arca de Deus saiu de Siló, assim como seus filhos, e Eli não está nenhum pouco confortável. Um certo benjamita escapa da morte e foge da cena da batalha para Siló, com as roupas rasgadas e pó na cabeça. Este é um sinal de pesar e derrota que Eli não pode ver, pois sua visão já quase se foi. O resto da cidade começa a gritar enquanto a notícia da derrota circula rapidamente.

Mesmo sem poder ver, Eli pode ouvir, e o que ele ouve o deixa assustado. É como se seus ouvidos estivessem a ponto de tinir (ver 3:11). Ele pergunta o que significa aquele alvoroço, e o homem que escapou se apressa em lhe dar um resumo das notícias. Não há “boas notícias” e “más notícias” são só “más notícias” - Israel foi derrotado pelos filisteus, os filhos de Eli foram mortos e a Arca de Deus foi tomada. As notícias são maiores do que o corpo de 98 anos de Eli pode suportar. Ele sofre um colapso, caindo da cadeira de tal forma que quebra o pescoço. Eli está morto, junto com seus filhos, e tudo no mesmo dia. Seus quarenta anos de serviço como juiz em Israel terminaram.


Aplicação da Lição
Enfatize aos seus alunos que Samuel nada faz para que Deus apareça ou revele Sua palavra em profecia. Ele simplesmente está cuidando de seus afazeres diários. Não há nada de romântico ou “espiritual” em tirar o pó e limpar a mobília do tabernáculo, lavar o chão ou servir um homem quase cego e quase morto (Eli). No entanto, no decurso de suas tarefas, Deus vem a Samuel e Se revela a ele. Muitas pessoas querem fazer algo espetacular para obter as bênçãos e o poder de Deus. Samuel nos ensina que esta não é a regra. Vamos cuidar de nossas vidas, fazendo fielmente o trabalho que Deus nos deu, deixando as intervenções espetaculares e os grandes sucessos para Deus. Quando for o tempo Dele as coisas acontecerão, não por aquilo que fazemos, mas porque Deus sempre mantém Suas promessas.


Fontes Consultadas:
BÍBLIA. Português. Bíblia Shedd. Tradução João Ferreira de Almeida, Revista e Atualizada. 2ª Edição, São Paulo, Editora Vida Nova, 1997.

BÍBLIA. Português. Bíblia de Estudo Pentecostal. Tradução João Ferreira de Almeida, Revista e Corrigida. Rio de Janeiro, Editora CPAD, 2002. Editor geral Donald Stamps, Editor brasileiro Pr. Antonio Gilberto.

Colaboração para o Portal Escola Dominical - Prof. Jaciara da Silva
Fonte: PortalEBD

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