sábado, 7 de março de 2015

LIÇÃO 10- ONIPOTENTE, ONIPRESENTE, ONISCIENTE



Texto bíblico    Salmos 139.1-6


Objetivos:    Ensinar os atributos de Deus

Introdução
O que é um atributo? ATRIBUTO: (do latim «attribuo») Propriedade inerente ao sujeito sem a qual este não pode existir nem ser concebido. Na teologia, Berkhof, por exemplo, diz que: “os atributos de Deus podem ser definidos como as perfeições que constituem predicativos do Ser Divino na Escritura, ou que são visivelmente exercidas por ele em Suas obras de criação, providência e redenção”.
Estaremos nesta lição estudando  3 atributos de Deus. Um atributo divino é uma qualidade ou característica atribuída a Deus. Os atributos de Deus são classificados em duas classes: atributos comunicáveis e  atributos incomunicáveis:
Atributos incomunicáveis são aqueles que enfatizam a distinção absoluta entre Deus e a criatura não podem ser comunicados à criatura.
Atributos comunicáveis são aqueles em que são encontradas semelhanças ou analogias na criatura, especialmente no ser humano , estes atributos podem ser comunicados à criatura.

Nesta ocasião estaremos tratando basicamente de 3 atributos incomunicáveis; a onisciência, onipresença e onipotência. Embora  faremos menção de outros atributos, para melhor conhecimento do tema.

O QUE SÃO ATRIBUTOS COMUNICÁVEIS DE DEUS?
São atributos morais, através dos quais Deus comunica determinadas verdades ao seu povo, levando-os, a uma plena identificação com Ele.
Deus é Santo: (Êxodo 15.11; Levítico 11.44,45; 20:26; Josué 24.19; 1). “Santidade de Deus é sua perfeita e absoluta pureza moral; Ele não pode pecar nem tolerar o pecado”. A origem da palavra santo é “separado”. Em que sentido Deus está separado do homem, ou de alguma coisa? Ele está separado do homem quanto ao espaço. Ele esta no céu, o homem na terra. Também esta separado do homem quanto à natureza e caráter; Ele é perfeito o homem é imperfeito; Ele é divino o homem é humano e carnal. Deus é moralmente perfeito, o homem pecaminoso. Santidade é um atributo que distingue Deus e as criaturas. Não é somente atributo, mas também sua natureza. Quando Deus revela-se a Si mesmo de modo a Impressionar com sua divindade, diz que ele se santificou (Ez 36,23; 38.23), isto é, Ele revelou-se a Si mesmo como o Santo.
Deus é justo: Qual a diferença entre santidade e a justiça? “Justiça é a santidade em ação”. A justiça é a santidade de Deus manifesta se no tratar retamente com suas criaturas. (Gn 18.25). A justiça é a obediência a uma norma reta; é conduta reta em relação a outrem. Fidelidade: Deus é fiel. Deus é absolutamente digno de confiança; as suas palavras não falharão. Assim sendo seu povo tranquilamente descansar em suas promessas (Êx 34.6; Nm 23.19; Dt 4.31). Misericórdia:
Deus é misericordioso: “Misericórdia de Deus é a divina bondade em ação com respeito às misérias de suas criaturas, bondade que se comove a favor deles, provendo o seu alívio, e no caso de pecadores impenitentes, demonstrando paciência longânime” “Hodges” (Tito 3.5; Lamentações 3.22). Uma das mais belas apresentações da misericórdia de Deus é encontrada no (Salmos 103.1-18). O conhecimento da misericórdia de Deus torna-se a base da esperança (Sl 130.7) como também confiança (Salmos 52.8). A misericórdia de Deus manifestou-se de maneira eloqüente ao enviar Cristo ao mundo (Lucas 1.78).
Deus é amor: O amor é atributo de Deus em razão do qual Ele deseja relação pessoal com aqueles que possuem a sua imagem e, de forma especial, com aqueles que foram santificados em caráter, feitos semelhantes a Ele. Vejam textos expondo o amor de Deus (Dt 7.8; Ef 2.4; Sof 3.17). A quem o amor é manifestado (Jo 3.16; 16.27; 17.23; Dt 10.18). Como foi demonstrado (Jo 3.16; 1 Jo 3.1; Rm 4.9,10).
Deus é bom: Bondade de Deus é um atributo em razão do qual ele concede vida e outras bênçãos às suas criaturas (Sl 25.8; Na 1.7; Sl 145.9). Deus deseja que sejamos santos porque Ele é santo, assim vivendo estaremos manifestando todos estes atributos que Deus nos comunica. Seremos abençoados e fonte de bênçãos á vida de outras pessoas.
fonte:  Claudemir De Nardi e Sebastiana Aparecida

OS ATRIBUTOS INCOMUNIVAVEIS
Podemos dizer que são os atributos que Deus não comunica ao homem, pois, estes atributos encontram-se somente em Deus.

a) Deus é Infinito em Perfeição:
Deus tem sido caracterizado na Bíblia como um ser infinito. Em profunda perfeição a infinitude de Deus descreve que ele não tem fim, sempre continuará existindo, isto descreve que ele é isento de qualquer limitação, descreve que ele está ausente de qualquer erro em seu ser, e assim, descreve sua perfeição. Veja-se Jó 11.7-10; Salmos 145.3; Mt.5.48.

 b) Deus é Imutável:         
Outro atributo de Deus que é incomunicável ao homem é chamado de imutabilidade, a imutabilidade de Deus significa que Ele é sempre o mesmo em Seu ser, Ele não muda em sua natureza ontológica. O texto de Tiago. 1.17 nos informa isso.


c) Deus é Eterno:
A sua eternidade não pode ser enumerada, somente ele é o ETERNO POR MAGNIFICIENCIA. A eternidade de nossa alma está ligada à criação de Deus. O SENHOR criou o homem para ser eterno, mas a eternidade de Deus é dEle somente.
          
 d) Onipotência:
Creio “em Deus Pai, Todo-Poderoso” esta é a confissão da igreja. O atributo de onipotência cabe somente em Deus que criou o mundo e tudo o que nele existe; ter todo poder significa que Deus pode fazer tudo o que lhe apraz para glorificar o seu próprio nome. Jó 37.23.
           
e) Onisciente:
Deus conhece todas as coisas em sua totalidade, esse conhecimento não é adquirido, mas é inato em seu ser, Deus não aprende as coisas como acontece conosco, mas ele sabe tudo – alguns chamam isso de conhecimento exaustivo e simultâneo de Deus. Dentro deste atributo podemos incluir a presciência que é fruto deste conhecimento exaustivo de Deus. Romanos 11.34 e 1 Pedro 1.1-2.


f) Onipresença:
O Criador está em todos os lugares e não está limitado a estes lugares. É isto que quer dizer “Onipresença”. Dentro deste atributo encontramos apoio para duas verdades teológicas que são: 1) que Deus é Imanente – está na Criação, mas não é a Criação; 2) que Deus é transcendente – que está ausente na Criação, mas não abandona a Criação e não se funde ou confunde-se com ela. (Salmos 139.7-10).

fonte: http://presbiterianoscalvinistas.blogspot.com.br/2013/01/o-ser-de-deus-e-seus-atributos.html


IMPORTANCIA DE SER CONHECER OS ATRIBUTOS DE DEUS

Para que é importante conhecer os atributos de Deus? Quero dar quatro razões simples:

(1) Conhecendo os atributos de Deus saberemos um pouco quem Ele é, Seu caráter, pensamento e vontade;

(2) Conhecendo a Deus como Ele é podemos honrá-Lo como merece, prestando-lhe uma adoração bíblica;

(3) Estaremos mais preparados para fazer uma apologia da nossa fé e ficarmos imunes quando as distorções heréticas surgidas no presente século;

(4) Poderemos ajudar a tantos que estão incorrendo em erro grave abraçando as mais diversas heresias e distorções sobre a Pessoa de Deus.







OS ATRIBUTOS DE DEUS PROPRIAMENTE DITOS
1 – SINGULARIDADE E SIMPLICIDADE: Deus não é composto de partes, pois toda composição implica imperfeição. O composto depende, necessariamente, dos elementos que o constituem. Deus é, portanto, perfeitamente simples. Um atributo não é mais importante do que outro; todos eles constituem o Ser de Deus. Deus é único no sentido de singularidade como também de simplicidade. Singularidade: Deus é único, numericamente um; há um só Deus. Simplicidade: Deus não está dividido em partes, pois Ele não é composto; entretanto seus atributos são enfatizados em momentos diferentes. Sendo infinitamente simples, Deus é infinitamente uno e indivisível. Mas é também absolutamente único. Supor dois ou mais Deuses igualmente perfeitos, seria absurdo. Dois Deuses seriam idênticos e então se confundiriam, ou seriam diferentes e então não poderiam ser ambos infinitamente perfeitos. 1Re 8.60; Dt 6.4; Mc 12.29, 32; 1Co 8.6; 1Tm 2.5; Jo 17.3; Ef 4.6.

2 – INFINIDADE E IMENSIDADE: Deus é infinito, isto é, sem limite em seu ser, pois é o ser por si, o ser que existe por sua própria essência. Nada existe além e acima de Deus, que de nada depende e ao qual tudo está subordinado. Ele “habita em luz inacessível” (1Tm 6.16), um Deus de “juízos insondáveis” e cujos caminhos são “inescrutáveis” (Rm 11.33). Deus é infinito, ilimitado, ilimitável. “Acaso sou Deus apenas de perto, diz o Senhor, e não também de longe? Ocultar-se-ia alguém em esconderijos, de modo que eu não o veja? Diz o Senhor; porventura não encho eu os céus e a terra? Diz o Senhor” (Jr 23.23-24). “Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face? Se subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também; se tomo as asas da alvorada e me detenho nos confins dos mares, ainda lá me haverá de guiar a tua mão, e a tua destra me susterá”. Sl 139.7-10

3 – PRESCIÊNCIA: Se olharmos pelo aspecto em que a palavra “presciência” na Bíblia é empregada, não no sentido de prever eventos ou ações das pessoas, mas, sim, que está relacionada com o conhecimento prévio que Deus tem das pessoas. A presciência de Deus não é causativa, antes Deus conhece de antemão o que será porque Ele decretou o que há de ser. Então concluímos que Deus conhece as pessoas que Ele mesmo elegeu. Rm 8.28-29; 1Pe 1.2.
A palavra “presciência” em grego: “prognosis”, não significa apenas “conhecer antes”. Quando este termo é usado com relação a Deus significa freqüentemente “olhar com amor”. “Rebeldes fostes contra o SENHOR, desde o dia em que vos conheci”. Dt 9.24. “De todas as famílias da terra, somente a vós outros conheci (escolhi); portanto, eu vos punirei por todas as vossas iniqüidades”. Am 3.2 (grifo nosso). “Conhecer” significa amar. “Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade”. Mt 7.23. (Jo 10.14; 1Co 8.3; 2Tm 2.19; Rm 8.29-30; 11.22).

4 – SOBERANIA OU SUPREMACIA: Deus o supremo criador do universo não pode e jamais será influenciado por qualquer atitude humana ou evento de sua criação. Deus a tudo controla e tem o domínio eternamente sobre a vontade dos homens, dos seres celestiais e sobre todo o restante de sua criação. “Tua é, ó Senhor, a grandeza, e o poder, e a glória, e a vitória, e a majestade, porque teu é tudo quanto há no céu e na terra; teu é, ó Senhor, o reino, e tu te exaltaste como chefe sobre todos”. 1Cr 29.11 Como bem expressa A. W. Pink:

5– SANTIDADE: A santidade de Deus traça o padrão que seu povo deve imitar. “Fala a toda a congregação dos filhos de Israel, e dize-lhes: Sereis santos, porque eu, o Senhor vosso Deus, sou santo”. Lv 19.2 O Deus bíblico é tanto santo como amoroso, em unidade inseparável em cada pessoa da Triunidade. A santidade de Deus é central em seu ser, sendo especialmente destacada no Antigo Testamento (Lv 11.44; 19.2; Js 24.19; 1Sm 6.20; Sl 22.3; Is 57.15). A santidade de Deus indica que ele é absolutamente puro e perfeito, sem qualquer pecado ou maldade; seu próprio ser é o resplendor e o derramamento da pureza, da verdade, da justiça, da retidão, da bondade e de toda perfeição moral.

6 – AMOR: “Deus é amor” (1Jo 4.8) é a definição bíblica mais conhecida de Deus. Nos contextos humanos, porém, o amor inclui uma considerável variedade de atitudes e atos. Em relação a Deus, trata-se de uma idéia muito específica. “Nisto consiste o amor… em que… enviou seu Filho como propiciação pelos nossos pecados” 1Jo 4.10; “Nisto se manifestou o amor de Deus…em haver Deus enviado o seu Filho unigênito ao mundo” 1Jo 4.9. O termo agapê aqui presente tem comparativamente pouco uso fora do Novo Testamento. A palavra grega comum, eros, fala de um amor associado a alguém digno, enquanto agapê é o amor pelos indignos, por alguém que perdeu todo o direito à devoção do amado. O amor de Deus, agapê, é principalmente expresso na redenção dos pecadores e em tudo que está ligado a isso.

7 – MISERICÓRDIA: É o exercício do amor de Deus para com os aflitos e angustiados. A diferença básica entre graça e misericórdia é que aquela vê os homens pecadores culpados e condenados, concedendo perdão, enquanto que esta os vê miseráveis e necessitados, agindo afetuosamente para com eles, ou seja, concedendo alívio. É proveitoso afirmar que a misericórdia é uma extensão da graça de Deus. (2Sm 24.14; Mt 9.27; 2Co 1.3; Hb 4.16; 2.17; Tg 5.11). “E depois de tudo o que nos tem sucedido por causa das nossas más obras, e da nossa grande culpa, ainda assim tu, ó nosso Deus, nos tens castigado menos do que merecem as nossas iniqüidades, e ainda nos deixaste este remanescente…” Ed 9.13.

8 – PACIÊNCIA: É o poder de controle que Deus exerce sobre si mesmo, agindo complacentemente para com o ímpio, detendo por um tempo o castigo que este merece. Este atributo, ainda que beneficie a criatura, concerne, no entanto a Deus, pois é o poder que ele controla sua ira, adiando o julgamento, continuando a oferecer salvação e graça por longos períodos. Nm 1.3; Sl 86.15; Rm 2.4; 9.22; 1Pe 3.20; 2Pe 3.9; Tg 1.19; Jn 4.21; Sl 103.8-9. Que seria dos “Pedros” se Deus não fosse paciente?
fonte  http://www.napec.org/apologetica/os-atributos-de-deus/

I- Deus - O Onipresente
Ocultar-se-ia alguém em esconderijos, de modo que eu não o veja? – diz o Senhor, porventura não encho eu os céus e a terra? – diz o Senhor. (Jr 23:2)


Entende-se por onipresença de Deus a capacidade do Todo-Poderoso de estar presente em todos os lugares, ao mesmo tempo. O referido termo vem do latim: omnis (toda) e praensens (presença). É muito difícil para seres humanos, limitados e condicionados à realidade física, a tempo e espaço, às medidas de largura, comprimento e altura, entender tal realidade divina. Porém, quando nos lembramos de que Deus á superlativo absoluto nos condicionarmos, não só espiritualmente, mas até relacionalmente para o alcance e o entendimento desse Senhor Todo-Poderoso. O conceito da onipresença de Deus fica mais bem entendido quando, sem medo de errar, afirmamos que a mente de Deus está em todos os lugares. Usando uma situação da nossa dimensão para compreendermos uma verdade da dimensão espiritual, lembramos que a luz do sol alcança charcos, lodos e até fezes, sem se contaminar, e, associada a essa verdade, recorremo-nos da essência de Deus; Deus é luz, Deus é amor e Deus é espírito; tudo isso porque onipresença requer, juntamente, o conceito de imaterialidade, pois não dá para imaginar um ser material que não seja limitado no espaço. [Outro atributo que anda junto com a onipresença de Deus é a Eternidade de Deus. Por ser eterno, o tempo não tem poder sobre Deus, não lhe impõe limites, pois, em essência, Deus é eterno.
Confesso, contudo, a dificuldade verbal que encontro para uma perfeita comunicação do tema “Deus Todo-Presente”, porém, mais do que explicações lógicas e teológicas, a ratificação desta verdade é encontrada nas narrativas bíblicas, que são modelos práticos realizados e realizáveis para o tempo presente, pois o Salvador nos garantiu: Eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos.

O que a Bíblia diz sobre a Onipresença de Deus:
No estudo sobre a Eternidade de Deus, a Bíblia nos ensinou que o Senhor não está limitado ao tempo; agora, a Palavra de Deus nos ensina que ele não está limitado ao espaço; esta qualidade da natureza divina é chamada de “onipresença”, que, na Bíblia significa Deus presente em toda parte do universo. Berkhof define a onipresença como a “perfeição do Ser Divino pela qual ele transcende todas as limitações espaciais e, contudo, está presente em todos os pontos do espaço com todo o Seu Ser” [BERKHOF. L. Teologia Sistemática. Campinas: Luz Para o Caminho. 1990. p.63.]. Por sua vez, Grudem declara que “Deus não tem tamanho nem dimensões espaciais e está presente em cada ponto do espaço com todo o Seu Ser; ele, porém, age de modos diversos em lugares diferentes.” [GRUDEM. W. Teologia Sistemática. São Paulo: Vida Nova. 2000. págs. 121-124.]
As definições anteriores estão totalmente alinhadas com as Escrituras Sagradas, em que encontramos declarações de que o Deus Trino (Pai, Filho e Espírito Santo) habita em algum lugar, em algum momento: o Pai está nos céus (Mt 6:9); o Filho, à direita da Majestade nas alturas (Hb 1:3), e o Espírito Santo está, individualmente, nos salvos e, coletivamente, na igreja (Ef 2:22; I Co 3:16, 6:16,19; Rm 10:6; Jo 7:37-40). Vemos, também, que o Pai está no Filho e o Filho está no Pai (Jo 17:21); e ainda: o Pai é sobre todos, age por meio de todos e está em todos (Ef 4:6), e mais: assim como o Filho está presente onde estiverem duas ou três pessoas reunidas em seu nome (Mt 18:20), a Trindade Divina está presente em todos os salvos (Rm 8:9).

Estas afirmações bíblicas provam que Deus não está limitado ao espaço que ele próprio criou, uma vez que a criação do mundo físico ou material exige a presença do espaço; contudo, ele transcende ao espaço, como esclarece Grudem:
... Devemos tentar evitar conceber Deus em termos de tamanho ou dimensões espaciais. Deus é um ser que existe sem tamanho nem dimensões no espaço. De fato, antes que Deus criasse o Universo, não havia matéria e nem material; portanto, não havia também espaço. Porém, Deus existia assim mesmo. Onde estava Deus? Não se encontrava num lugar que poderíamos chamar “onde” nem “espaço”. Mas Deus, ainda assim existia! Esse fato nos faz perceber que Deus se relaciona com o espaço de maneira bem diferente da nossa ou de qualquer coisa criada. Ele existe como uma espécie de ser bem diferente e bem maior do que podemos imaginar [GRUDEM. W. Teologia Sistemática. São Paulo: Vida Nova. 2000. págs. 121-124.]
O fato de Deus estar em todos os lugares não pode ser confundido co a doutrina panteísta que afirma: “tudo é Deus e Deus é tudo”. Contrariando essa doutrina pagã, a palavra de Deus ensina que Deus não é igual e nem é parte da criação; ele está presente em toda a criação e é totalmente distinto dela. A presença de Deus em todos os lugares, portanto, simplesmente significa que ele não pode ser limitado pelo espaço. A respeito disto, Horton [3] informa que. Nos dias do Antigo Testamento, as nações vizinhas de Israel serviam a deuses regionais ou nacionais, cujo poder limitava-se às localidades e a rituais. Na maioria dos casos, os devotos achavam que esses deuses tinham poder somente nos domínios habitados pelo povo que lhes prestava culto. O fato de Deus se apresentar a Israel como aquele que se manifesta no Santo dos Santos, e mais à frente, no Templo, não contradizia a sua onipresença, porque sua manifestação nesses lugares específicos era uma concessão às limitações do entendimento humano. Talvez por isso Moisés e Salomão tenham lembrado ao povo que o espaço não põe limites a Deus, mas é Deus quem domina o espaço: Eis que os céus e os céus dos céus são do Senhor, teu Deus, a terra e tudo o que nela há )Dt 10:14); de fato, habitaria Deus na terra? Eis que os céus e até o céu dos céus não te podem conter, quanto menos esta casa que eu edifiquei (I Rs 8:27).

A Bíblia ensina que a onipresença de Deus, quando visível, acontece dentro dos limites da compreensão e da cultura humana, bem como de acordo com a situação em que o ser humano se encontra. Deus nunca foi visto como realmente é; foi visto como estava. Ou seja, em condições e apresentação  suportáveis ao ser humano limitado, imperfeito e mortal; assim, Deus se contextualiza à realidade humana (Js 5:13-15). João dá a entender que não o tinha visto como realmente ele é, e sim, como ele estava diante dos homens: Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando Ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque haveremos de vê-lo como Ele é (I Jo 3:2).

Todos os seres criados – entre os quais estão os anjos – estão restritos a determinados lugares. Quando um ser criado está num lugar, o outro está noutro, sendo que dois seres criados não podem ocupar o mesmo lugar, ao mesmo tempo. Assim é com todas as coisas materiais: elas ocupam parte do espaço, mas não o espaço todo. Todavia, Deus, que criou o espaço, transcende a este, excede ao infinito, e, por ser perfeito, está presente em toda a parte, como ele próprio declarou, pela boca do profeta Jeremias: Acaso, sou Deus apenas de perto, diz o Senhor, e não também de longe? Ocultar-se-ia alguém em esconderijos, de modo que eu não o veja? – diz o Senhor; porventura, não encho eu os céus e a terra? – diz o Senhor (Jr 23: 23-24). Sabendo disto, Davi escreveu uma das declarações mais belas e profundas sobre a onipresença de Deus:
Senhor, tu me sondas e me conheces. Sabes quando me sento e quando me levanto; de longe percebes os meus pensamentos. Sabes muito bem quando trabalho e quando descanso; todos os meus caminhos te são bem conhecidos. Antes mesmo que a palavra me chegue à língua, tu já a conheces inteiramente, Senhor. Tu me cercas, por trás e pela frente, e pões a tua mão sobre mim. Tal conhecimento é maravilhoso demais e está além do meu alcance, é tão elevado que não o posso atingir. Para onde poderia eu escapar do teu Espírito? Para onde poderia fugir da tua presença? Se eu subir aos céus, lá estás; se eu fizer a minha cama na sepultura, também lá estás. Se eu subir com as asas da alvorada e morar na extremidade do mar, mesmo ali a tua mão direita me guiará e me susterá.(Sl 139:1-10)
Estas declarações e Davi reforçam a idéia bíblica segundo a qual Deus está presente em todos os lugares do universo de forma completa, isto é, com todo o seu ser. Deus, porém, não é onipresente para mostrar que tem poder para preencher todos os espaços, ao mesmo tempo, mas sim, e principalmente, para proporcionar aos seres criados condições de vida. Quando o apóstolo Paulo compreendeu essa verdade, afirmou aos atenienses: ... nele vivemos, e nos movemos, e existimos (At 17:28), e aos Colossenses: Ele é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste (Cl 1:17).

As declarações de Davi reforçam, ainda, que Deus não pode ser contido por nenhum tipo de matéria ou espaço, seja uma muralha, o mar, o céu, a terra ou qualquer outra grandeza; ele é maior do que tudo o que existe de maior no universo:
Assim diz o Senhor: "O céu é o meu trono, e a terra, o estrado dos meus pés. Que espécie de casa vocês me edificarão? É este o meu lugar de descanso? Não foram as minhas mãos que fizeram todas essas coisas, e por isso vieram a existir? ", pergunta o Senhor. "A este eu estimo: ao humilde e contrito de espírito, que treme diante da minha palavra. (Is 66:1-2). E por último, Davi nos alerta sobre a impossibilidade de fugirmos de Deus, não dá para nos escondermos debaixo das águas, em cima das nuvens, em cima da terra, debaixo da terra. Fugir da presença de Deus é uma impossibilidade marcante na vida dos seres humanos. Nenhuma pessoa, seja salva ou não salva, pode se ocultar da presença de Deus, que garante: se te remontares como águia a puseres o teu ninho entre as estrelas, de lá te derribarei, diz o Senhor.
fonte; http://blogdopcamaral.blogspot.com.br/2011/05/onipresenca-atributos-de-deus.html

II- Deus-  Onipotente
Quando tratamos sobre os atributos de Deus sempre devemos levar em conta que somos limitados e que Ele é infinitamente ilimitado; somos criaturas, Ele é o Criador. Entretanto, o profeta recebeu uma Palavra do Senhor: “mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me conhecer e saber que eu sou o SENHOR e faço misericórdia, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o SENHOR” (Jeremias 9.24). Conhecê-lo até onde podemos faz parte da Sua vontade e do Seu desejo que tenhamos comunhão com Ele. Entretanto, meditar sobre a onipotência de Deus vai muito além daquilo que já experimentamos.
Muito tem se falado sobre poder. Temos visto pessoas preocupadas com o poder político. No século passado falava-se sobre o poder da bomba atômica. Recentemente ouvimos sobre o poder da natureza através dos tsunamis, enchentes, vulcões e outros.
Mas nada se compara com o poder da onipotência de Deus. A palavra “onipotente” vem de duas outras latinas “omnis”, que significa “todo, toda, tudo” e “potentia”, traduzida por “poder, potente, força, capacidade, valor”, dentre outras. Assim, a onipotência de Deus significa que Ele tem todo o poder sobre todas as coisas, em todos os momentos, em todos os lugares e em todos os sentidos. A Sua onipotência inclui Sua disposição em refletir a Sua glória divina e realizar a Sua soberana vontade.
Sua onipotência tem uma base moral: não faz nada para impressionar, porque não precisa disto, mas para realizar a Sua perfeita vontade. O Evangelho de Pseudo Tomé (atribuído a Tomé, filósofo israelita, não o apóstolo de Jesus) narra que Jesus com outros meninos brincavam de fazer pássaros de barro, mas Ele transformou a Sua ave em um pássaro de verdade, que voou para longe.
Este não é o Todo-Poderoso que cremos, segundo as Escrituras. Algumas ponderações nos ajudarão a compreender um pouco da tremenda onipotência de Deus.
O poder de Deus é ilimitado. É infinitamente poderoso. Jó assim se expressa: “Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado” (Jó 42.2). E Davi declara que “... o poder pertence a Deus” (Salmo 62.11). Outro salmista anônimo proclama: “Grande é o Senhor nosso e mui poderoso; o seu entendimento não se pode medir” (Salmo 147.5). Por isso, a Bíblia afirma que uma pessoa precisa ser insensata para negar a existência de Deus (Salmo 14.1; 53.1).
O Seu poder é criador. Tudo que foi ou será criado foi criado pelo Seu poder: “Teus são os céus, tua, a terra; o mundo e a sua plenitude, tu os fundaste” (Salmo 89.11). Fez cousas que ainda não descobrimos.
O poder de Deus é difícil de ser entendido devido às nossas limitações. Ninguém acredita que alguém possa levantar uma tonelada. Porém, basta se ir à Lua e lá será fácil fazer esta façanha. É outro ambiente, sujeito a outras leis. Limitados ao nosso ambiente não conseguimos entender o poder de Deus, que opera com regras totalmente diferentes das nossas.
Este poder criador pode criar “ex nihilo”, isto é, do nada: “... Deus... chama à existência as coisas que não existem” (Romanos 4.17).
O poder de Deus é exercido sem esforço. Ele não se esforça, não resmunga, não geme, “Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o SENHOR, o Criador dos fins da terra, nem se cansa, nem se fatiga?...” (Isaías 40.28). Pois “Os céus por sua palavra se fizeram, e, pelo sopro de sua boca, o exército deles. Ele ajunta em montão as águas do mar; e em reservatório encerra as grandes vagas,... ele falou, e tudo se fez; ele ordenou, e tudo passou a existir” (Salmo 33.6s, 9). E o historiador Lucas afirma “Porque para Deus não haverá impossíveis...” (Lc 1.37), que é confirmado pelas palavras de Jesus, o Deus que se fez carne: “... porque para Deus tudo é possível” (Marcos 10.27).
A onipotência de Deus é ampla em Seu alcance. O profeta declara: “Ah! SENHOR Deus, eis que fizeste os céus e a terra com o teu grande poder e com o teu braço estendido; coisa alguma te é demasiadamente maravilhosa” (Jeremias 32.17). Quando descobrimos que Deus criou o universo, nada mais lhe é difícil; não há limite em Seu poder.
O Seu poder se estende sobre toda natureza. Basta ver as narrativas sobre fazer chover fogo e enxofre sobre Sodoma e Gomorra (Gênesis 19.24), da passagem pelo mar Vermelho (Êxodo 14.15-31), o parar o sol (Josué 10.12s), Jesus acalmando o mar (Marcos 4.39) e tantas outras.
Deus tem poder para dar vida. Cantando a onisciência e a onipotência de Deus, Davi fala “Pois tu formaste o meu interior tu me teceste no seio de minha mãe. Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste...” (Salmo 139.13s).
O Seu poder tem também a capacidade de dominar os demônios. O evangelista Mateus (8.28-34) relata que quando Jesus chegou à terra dos gadarenos “... vieram-lhe ao encontro dois endemoninhados, saindo dentre os sepulcros, e a tal ponto furiosos, que ninguém podia passar por aquele caminho” (v. 28). Estavam furiosos com Jesus, pois sabiam muito bem o que o Seu poder podia lhes fazer. O diabo quer destruir os/as discípulos/as de Jesus, mas são mandados para longe ao simples mencionar “saiam em nome de Jesus!”.
A onipotência do Senhor é ampla em Seu alcance sobre as enfermidades. Lucas (9.11) narra que as pessoas seguiam a Jesus e Ele “... Acolhendo-as, falava-lhes a respeito do reino de Deus e socorria os que tinham necessidade de cura”. Há muitos outros exemplos por toda a Bíblia, especialmente no Novo testamento, que atestam esta verdade.
A Sua onipotência abrange também as circunstâncias. O profeta Jeremias recebeu a ordem do Senhor para que comprasse um terreno num período em que Judá estava sobre o domínio dos babilônicos (32.1s). Muito embora tenha questionado tal ordem (32.16-25), comprou o terreno, pois sabia do poder de Deus para poder para restaurar aquilo que quaisquer circunstâncias tenham atingido. “Então, veio a palavra do SENHOR a Jeremias, dizendo: Eis que eu sou o SENHOR, o Deus de todos os viventes; acaso, haveria coisa demasiadamente maravilhosa para mim?” (32.26s).
A Sua onipotência é também sobre a morte. A ressurreição de Lázaro (João 11.43s) e a de Jesus (João 20) demonstram este fato.
A onipotência de Deus tem um propósito. Abraão e Sara já idosos, 99 e 89 anos respectivamente, recebem do Senhor a promessa de que gerariam um filho (Gênesis 15.1-6), porque era forma que escolheu para formar uma grande nação, de onde nasceria Jesus. O Senhor tem propósitos precisos atrelados ao Seu poder. Quando dirigimos a Ele nossas orações e petições não conseguimos tudo que pedimos não porque não possa fazer, mas porque não é o melhor, não está dentro de Sua perfeita vontade.
A onipotência de Deus também é pessoal. Esta é a melhor parte. Quem sente este toque pessoal do Senhor são Seus filhos e filhas. Por isso, Paulo declara: “e, assim, habite Cristo no vosso coração, pela fé, estando vós arraigados e alicerçados em amor, a fim de poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus. Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós” (Efésios 3.17-20).
Enquanto Jesus for nosso Senhor e Salvador podemos desfrutar do Seu cuidado. Ele é poderoso para cuidar do nosso tesouro, isto é a nossa vida colocada em Suas mãos. Por isso Paulo pôde afirmar: “e, por isso, estou sofrendo estas coisas; todavia, não me envergonho, porque sei em quem tenho crido e estou certo de que ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele Dia” (2Timóteo 1.12). Deus está agarrado àqueles/as que vivem Jesus no dia a dia.
fonte;  Rev. José Gonçalves Pereira

III- Deus - O Onisciente
O conhecimento de Deus é chamado de onisciência, que significa que Seu saber é universal, abrangendo todas as coisas, todas as pessoas, e todos os acontecimentos. A diferença aqui entre Deus e o homem é notável. O homem conhece pouco, pois seu entendimento se obscureceu com o pecado. Ele começa sua carreira terrestre em quase completa ignorância, e após uma vida de estudos, conhece pouco do que deveria conhecer. 1 Coríntios 8:2. Enquanto vive neste mundo, o homem mal pode virar a primeira página do saber. Quanto mais sábio o homem se torna, mais conhecedor é de sua ignorância. O louco é que pensa que sabe de tudo. Ainda mais; quanto mais valiosa for a verdade, mais ignorante é o homem a seu respeito. A verdade sobre Deus e sobre as coisas eternas é a mais preciosa entre as verdades, mas a ignorância do homem é mais notável aqui do que em outras coisas. As verdades morais e espirituais são escondidas dos sábios e prudentes e são reveladas aos bebês. Lucas 10:21.

Deus transformou em loucura o conhecimento deste mundo sobre as coisas espirituais. 1 Coríntios 1:20. O mundo por seu saber não pode conhecer a Deus. 1 Coríntios 1:21. Para ser sábio, o homem tem que se tornar louco, isto é, ele tem que renunciar a seus próprios raciocínios e aceitar a revelação de Deus concernente às coisas eternas.

Paulo pregou o Evangelho tanto aos judeus quanto a gregos; para o judeu preconceituoso era um escândalo, e para o grego orgulhoso era loucura. 1 Coríntios l:23. Antes que vissem a sabedoria e o poder de Deus no Evangelho de Cristo, tinham que ser chamados; só assim suas mentes eram iluminadas pelo Espírito Santo, para que o Evangelho lhes tornasse claro. 1 Coríntios l:24; 2 Coríntios 4:4, 6.

O entendimento de Deus é infinito. Salmo147:5. No original lemos: "De seu entendimento não há número". A mente humana não tem a capacidade de sondar o entendimento de Deus. Davi escreveu em relação ao conhecimento (sabedoria) de Deus, e após poucas linhas, disse: "Tal ciência é para mim maravilhosíssima; tão alta que não a posso atingir". Salmo 139:6.

"Tu conheces o meu assentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento". Salmo 139:2. Deus nos observa quando nos assentamos para meditar, e quando nos levantamos para seguir nas atividades da vida. E Ele conhece os pensamentos que regulam nossos caminhos. Ele os conhece mesmo antes de nós os pensarmos. Antes do pensamento se tornar uma ciência a nós, ele já é presciência com Deus. A respeito de Israel, Deus disse: "Porquanto conheço a sua boa imaginação, o que ele faz hoje, antes que o introduza na terra que tenho jurado". Deuteronômio 31:21. Deus conhecia seus pensamentos e ações antes que entrassem em Canaã. Cristo sabia quais seriam os pensamentos e ações de Pedro e até os profetizou antes que ele O negasse.

"Cercas o meu andar, e o meu deitar; e conheces todos os meus caminhos". Salmo 139:3. Deus conhece nosso caminho e nosso leito. Ele nos conhece quando acordados ou quando dormindo. "Não havendo ainda palavra alguma na minha língua, eis que. andar, atributo. o que Tu não a conheces completamente". Salmo 139:4. Deus conhece nosso falar. Ele sabe quando os homens tomam Seu nome em vão, e declarou que tal homem não escapará de Seus juízos. Êxodo 20:7. Ele sabe quando os homens negam Sua Palavra e quando "fazem pouco" dela. E Ele ouve o menor sussurro e ouve o grito mais alto. Quando os homens desejam esconder algo, cochicham um ao outro, mas Deus ouve os nossos segredos e mesmo os sussurros de nossos corações.

"Tu me cercaste por detrás e por diante, e puseste sobre mim a tua mão". Salmo 139:5. Davi sentiu-se cercado por Deus. Verdadeiramente, não há como escapar de Deus! Ele está atrás de nós registrando nossas faltas ou adiante de nós apagando os pecados pela graça de Cristo. Ele está diante de nós, conhecendo nossos feitos, e vendo as nossas necessidades. Deus é uma prisão de punição para os perversos, e um céu de descanso aos esmorecidos. Cada pessoa vai ter que prestar contas a Deus, portanto "prepara-te para encontrares com teu Deus".

COMO É QUE DEUS TEM TANTA ONISCIÊNCIA?

1. Deus não precisa adquirir conhecimentos. Sua sabedoria não é resultado de observação, consultas e estudos laboriosos. Deus não faz esforço para saber. O saber com o homem é alcançado por árduos esforços; com o homem a vida toda é uma escola.

2. Deus não aumenta em sabedoria. Ele não sabe nada mais agora do que há séculos passados. Seu entendimento é infinito por toda a eternidade. Ele sempre teve sabedoria perfeita em todas as coisas. Deus não precisa matricular-Se na universidade humana. Não existem dias de aula para Deus.

3. Deus sabe naturalmente. A onisciência pertence à própria natureza de Deus; uma de Suas perfeições pessoais. Calvino definiu onisciência como: "Aquele atributo pelo qual Deus Se conhece a Si mesmo e a todas as outras coisas em um simples ato eterno". O saber de Deus é direto, sem intermediários. Romanos 11:34.

OS OBJETOS DO CONHECIMENTO DE DEUS

1. Deus conhece a Si mesmo. As criaturas racionais recebem de Deus a capacidade de conhecerem a se mesmas. Mesmo o ímpio sabe certas coisas a respeito de sua própria pessoa, da composição do corpo e das faculdades da alma. E se criaturas têm este conhecimento próprio, então o Criador cujo entendimento é infinito, conhece-as perfeitamente.

Além disso, existe associação perfeita entre as três pessoas da Trindade. O Espírito Santo conhece perfeitamente a mente de Deus, e pode assim fazer intercessão pelos santos de acordo com a vontade de Deus. Romanos 8:26-27. Jesus falando de Deus, Pai, disse: "Conheço-o e guardo a sua palavra?. João 8:55.

Deus conhece Sua criação. Ele de tudo sabe na natureza. Ele sabe o número das estrelas e chama-as pelo nome. Salmo 147:4. Os passarinhos não caem por terra sem Seu conhecimento e permissão. Mateus 10:29.

Deus conhece tudo no plano da experiência humana. Ele conhece o pensar dos homens, os seus caminhos e suas palavras.

"Diante dos homens somos opacos como uma casa de abelha. Eles podem ver os pensamentos entrando e saindo, mas o efeito deles dentro do homem, não podem dizer. Diante de Deus somos como uma casa de abelhas feita de vidro, e tudo o que nossos pensamentos estão fazendo ao nosso interior, Ele perfeitamente vê e entende". Henry W. Beecher.

Deus sabe das obras dos homens. Os homens podem esconder suas obras uns dos outros, mas nunca de Deus. Nenhum olho humano viu Caim matar Abel, mas Deus testemunhou o crime. Acã certamente pensava ter cometido o crime perfeito quando roubou o ouro e escondeu-o na terra, mas Deus trouxe seu pecado à luz. Davi encobriu seu pecado com Bate-Seba, mas Deus o descobriu e enviou o seu profeta Natã para dizer a Davi: "Tu és o homem". Não há pecado secreto a Deus; "todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar". Hebreus 4:13.

Deus conhece as tribulações e tentações de Seu povo. "E disse o Senhor: "Tenho visto atentamente a aflição do meu povo, que está no Egito, e tenho ouvido o seu clamor por causa dos seus exatores,porque conheci as suas dores". Êxodo 3:7. Contemos ao nosso Pai todas as nossas aflições, pois não existem tristezas terrenas que não possam ser curadas pelos céus.

Deus conhece todos os acontecimentos passados, presentes e futuros. Ele conhece todo o passado e nunca esquece. "Pois quando inquire do derramamento de sangue, e lembra-se deles: não se esquece do clamor dos aflitos". Salmo 9:12. Este versículo é para Hitler e todos os outros senhores da guerra. Sua misericórdia nos faz esquecer certas coisas do passado. Há quem pense tanto sobre o passado que se tornam loucos. Esta atitude não deve existir no crente. Ele deve esquecer as coisas do passado, e fixar sua atenção nas coisas do futuro esforçando-se pelo prêmio do alto chamado de Deus por Jesus Cristo. Filipenses 3:13-14. Há perdão em Deus pela fé em Seu Filho. Quando Deus nos perdoa, Ele jamais se lembrará de nossos pecados, por toda a eternidade.

Deus conhece o presente e o futuro. Seu conhecimento do futuro é melhor que o conhecimento do passado pelos homens. A perfeita sabedoria de Deus quanto às coisas futuras é demonstrada em centenas de profecias cumpridas. A profecia é o registro de fatos antes de acontecerem.

A CONTEMPLAÇÃO DA ONISCIÊNCIA DE DEUS

Não há melhor exercício para a alma que contemplar as perfeições de Deus. Aqui jaz o segredo de toda piedade verdadeira. Aquele que teme a Deus deve ter sua mente ocupada com os pensamentos de Deus.

"Os ímpios odeiam a verdade da sabedoria de Deus. Eles desejam que não existisse testemunha de suas iniqüidades, nem sondador de seus corações, nem juiz de seus feitos". A. W. Pink.

Esquecem-se de que Deus Se lembra de todos os seus pecados. Oséias 7:2.

A contemplação do conhecimento de Deus deve encher a alma de admiração exaltadora. Quão grande deve ser Aquele que conhece todas as coisas! Nenhum de nós sabe o que um dia trará a nós, mas Deus sabe o que há de suceder no tempo e eternidade.

O conhecimento infinito de Deus deve encher os homens de santo temor. Tudo o que dizemos, pensamos ou fazemos é conhecido a Ele a quem prestaremos contas. Meditar nesta divina perfeição será um poderoso contra-peso aos caminhos da carne. Em horas de tentações nós devemos dizer como disse Hagar: "Tu és Deus que vê". Gênesis 16:13.

Estar ocupado com o infinito saber de Deus encherá o filho de Deus de humildade, adoração e louvor. "Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos"! Romanos 11:33.

A verdade diante de nós é um encorajamento à oração. Não há perigo de nossas orações não serem ouvidas, que nossos clamores e nossas lágrimas escapem da atenção de Deus. Não há perigo de um dos santos não ser notado por Deus entre as multidões de suplicantes. Uma mente infinita é capaz de prestar atenção a milhões de súplicas como se fossem a súplica de um só homem. E não pomos em perigo nossas orações pelo uso inapropriado de palavras, pois Deus é conhecedor de nossos pensamentos e lê os intentos do coração.
fonte; http://www.palavraprudente.com.br/estudos/cdcole/definicaodoutrina/cap10.html


Conclusão
Conhecer a Deus é a tarefa primordial e mais importante no que se refere às coisas espirituais. Sem um verdadeiro conhecimento de Deus é impossível ser salvo ou servi-lo e adorá-lo verdadeiramente (Jo.4:22). Para conhecermos a Deus é necessário que Ele se revele a nós (Mt.11:27; Rm.1:19), pois não podemos conhecê-lo com nossos próprios esforços (I Co.1:21). Deus se revela na natureza e principalmente em Sua Palavra.
Os atributos divinos são as características de Deus, a soma das quais definem quem Ele é. Eles refletem diversos aspectos da mesma essência divina.

colaboração para o Portal Escola Dominical - Prof. Jair Cesar S. Oliveira
Fonte: PortalEBD

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