LIÇÃO 04 - PECADO ORIGINAL?

TEXTO BÍBLICO  (Gn 3.1-11)

ENFOQUE BIBLICO

“Bem aventurado aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto” (Sl 32.1)

OBJETIVOS

Compreender a realidade do pecado humano

Entender a gravidade do pecado e suas conseqüências.

Descobrir o quanto é perigoso brincar com o pecado..

A ORIGEM DO PECADO

Professor

Enfoque:

a- O pecado é uma realidade

b- Mostre a Gravidade do pecado e suas conseqüências

c- Mostre aos alunos o quanto é perigoso brincar com o pecado

O estudo sobre o pecado é de suma importância, não se pode imaginar que há pessoas que não acreditam que o pecado exista. Não acreditam que o pecado é um mal, por essa razão podem fazer o que quiser, sem precisar prestar contas de seus atos. Mas afinal! O que é o pecado? Como ele se originou? Como é a sua natureza e quais são as conseqüências para os que querem viver pecando?

A palavra pecado deriva-se de uma palavra grega “hamartia”, cujo termo significa “errar o alvo”, “fracassar”, logo se entende que pecado é o fracasso em não atingir o padrão conhecido, mas antes, desviando-se do mesmo. O pecado tanto é um ato, como também uma condição. Biblicamente entendemos que o pecado deforma o ser humano, não há como o homem fugir, pois em cada ato, ali está à marca pecaminosa. O pecado é o inimigo que nos compele ao mal, é a parte de nossa natureza caída.

É interessante que o pecado a inicio nos oferece uma sensação de liberdade, enquanto pecamos, e temos a impressão que somos livres e podemos tudo, porem a realidade é outra. Enquanto pecamos nos embreamos mais, nos tronamos escravos, e cada vez menos satisfeitos ficamos, pois o pecado não trás felicidade. A sensação de felicidade enquanto se peca é momentânea, quando concluído, a infelicidade e a tristeza é quem vão reinar.

Não dá para precisar quando o pecado começou ou quando surgiu. Quando ele entrou no mundo, ou se tornou uma realidade na raça humana, uma criatura conhecida como Lúcifer já estava confinada nele. A Bíblia diz que o pecado se originou em Lúcifer, que antes disso era uma criatura extraordinária, era o sino da perfeição, um Querubim que vivia na presença de Deus. Num determinado momento o Querubim Ungido, permitiu que o orgulho entrasse em seu coração, ele queria ser mais que Deus, queria tomar o trono de Deus. Foi deposto de seu importante cargo e expulso da presença do Criador, tornando assim o inimigo de Deus, passando a ser conhecido como: Satanás ou Antiga Serpente (Is 14.12,15; Ez 14.12-15; Gn 3.1-5).

A natureza do pecado não permite que o pecado aja diferente, a Bíblia diz que aquele que era o portador de luz, assumiu a função de: matar, roubar e destruir. Jesus disse que assim o Diabo age desde o principio (Jo 8.44; 1Jo 3.8). Deus criou o homem na terra, cujo objetivo era que essa criatura lhe desse louvor e adoração, mas que fosse o mordomo da terra e das coisas criadas nela. A inveja fez com que a velha serpente, se aproximasse da raça humana, com o objetivo de destruir o plano divino. Infelizmente o Diabo conseguiu introduzir o pecado também na raça humana (Gn 3.6,7).

E ai nós temos o registro da queda do homem. O escritor Staley M. Horton disse que Eva fora tentada por Satanás e pecou, mas quanto ao marido (Adão), parece ter feito isto em plena consciência (2Co 11.3; 1Tm 2.14; Gn 3.13-19).  (Teologia Sistemática, Editada por Staley M. Hortan, pg 267 – CPAD, RJ)  - Qualquer que seja a forma que o pecado tenha entrado, era possível resistir, portanto o pecado entrou no mundo por um ato livre de nossos primeiros pais (Rm 5.12-21; 1Co 10.13; Tg 4.7).

O pecado de nossos primeiros pais foi abrangente, afrontou e desobedeceu a Deus em todos os aspectos, afetando toda a constituição do ser humano e  colocando o em total submissão a Satanás. Pondo assim fim ao relacionamento entre Deus e o Homem (Is 59.2), não há confiança de Deus no pecador. Houve um rompimento relacional, homem e mulher se digladiaram diante do Criador, querendo se dirimir de culpas, culpando um ao outro. Seria quem o culpado? A instituição da desordem no mundo foi estabelecida por uma to livre, mesmo sendo tentados, poderiam não aceitar.

A natureza do pecado consiste em matar, roubar e destruir, não há um homem sequer, que possa dizer: “não tenho pecado”, toda a raça humana está vinculada, como numa única em Adão, portanto, “...Por um só veio o juízo sobre todos os homens para condenação...” (Rm 5.18; 1Co 15.21,22). O pecado corrompeu a raça humana, sem a Graça de Deus é impossível alguém fazer o bem. Algumas pessoas dizem: “eu sou do bem”, mas é do bem aparente, aquele tipo de bondade que sempre esta vinculada a algum tipo de recompensa. Eis a razão de Jesus dizer para a gente fazer o bem para aqueles que nos querem o mal, pois eles não nos darão nada em troca, pelo contrario, nos agredirão de alguma forma.

O pecado condicionou o homem a uma corrupção total, uma verdadeira depravação. Paulo disse que o pecado habitava nele, mesmo que ele não quisesse, mesmo que ele não desse lugar a vida pecaminosa (Rm 7.7-24). O mesmo fez o rei Davi, ele não se justifica, pelo contrario, reconhece que pecou. Mas também reconhece que era parte da raça humana, mesmo não querendo era um homem pecador (Sl 51).

O pecado não é brincadeira, não é uma mentira, ele existe de fato e é maléfico, quem brinca com ele terá uma vida complicada. Descrever o pecado é uma tarefa difícil, devido a sua natureza parasítica, ele está sempre atrelado ao que se agarra. Exemplos:  incredulidade, orgulho, idolatria, ignorância etc. O pecado é uma violação da lei de Deus, algo perverso e iníquo que ofusca a Santidade de Deus.

Diante da gravidade do pecado não podemos brincar com ele, antes é melhor fugir. Jose fugiu, sofreu muito pela decisão tomada, mas foi a decisão certa. A recompensa não veio de imediato, demorou, mas o Jovem Jose pode desfrutar de grandes bênçãos de Deus. Ele se tornou o homem mais importante do Egito, por muitos anos (Gn 39). Aconteceu o contrario com o jovem Sansão que brincou com o pecado, e isto lhe custou a vida (Jz 16).

OBRAS CONSULTADAS

HORTON, Stanley M. – Teologia Sistemática  - CPAD 2005 - RJ

Colaboração para o Portal Escola Dominical – Pr Jair Rodrigues

Fonte: PortalEBD